Temos sim, alguns dilemas (argumento ou solução para situações igualmente difíceis), fatos e verdades da área:
- Os profissionais de tecnologia da informação não são unidos. cada um acredita que conhece mais tecnologia que o outro. Isso dificulta uma regulamentação por exemplo. Não que ela vá resolver 100% dos problemas mais básicos da área
- Muitas empresas ainda veem a TI como um custo desnecessário, deixando-a por último em seus processos e decisões, mas colocando-a em primeiro, quando o evento é culpar alguém por desmandos administrativos. Claro, há realmente situações em que o problema pode estar na TI, como por exemplo, maus profissionais
- O profissional de TI tem que conhecer processos, negócios e muitos deles a fundo. Até é plausível este tipo de conhecimento, mas se o profissional desejar mudar de área, para por exemplo, ir para a logística, vão dizer que ele não tem vivência. Vale dizer que conhecer negócio é algo que agrega ao profissional de TI, facilita o seu dia a dia na implementação de programas/sistemas. Tudo tem que ter um equilíbrio
- A área de tecnologia da informação é muito vasta, indo de redes a banco de dados, passando por sistemas operacionais, desenvolvimento de sistemas (inclusive WEB), inteligência artificial, segurança de dados etc. CADA UMA DELAS, pode e é tranquilamente, uma especilização no mínimo, se falarmos em formação. É muiito vasto. Ninguém é especialista em TUDO, o que se consegue ser é um clínico geral, generalista com alguns conhecimentos mais específicos de uma área ou mais de uma. TUDO ao mesmo tempo, não dá, é muito vasto. Por isso se divide a TI de uma empresa, em infra-estrutura (redes, servidores, segurança), desenvolvimento e help desk, por exemplo. E com profissionais para cada área. O que temos sim, é a interação desta equipe, ou seja, estes profissionais precisam trocar informações e conhecimentos internos à equipe, para que o trabalho caminho dentro de um sinergia
- Hoje, alguns estão chamando a área de mercado de certificações. Exige-se muitas certificações em roteadores (CISCO), em gestão de projetos (PMI, que por si só é uma área extensa), em servidores Microsoft, em SQL SERVER, em Oracle, em um ERP específico e em todos os módulos (só por Deus...) etc. E o salário é 1.200,00. Além do salário, que é baixo, temos a questão do tempo para fazer tudo isso. E mais: se por acaso conseguir tudo isso, vai cair na peneira da experiência. Você tem quanto tempo de experiência nesta ferramenta? Nada? Que pena, preciso de alguém certificado com experiência. VEJA BEM, MAS MUITO BEM MESMO: eu não quero colocar que sou contra a atualização profissional. As coisas mudam, e mudam rápido, mas deve haver um equilíbrio. Pedir por pedir não resolve e, além disso, tem empresa que pede mas ela não tem 1/4 em sua estrutura do que está pedindo. Corre o risco de perder um bom profissional por isso
- Falta uso de metodologias. Ora por parte dos profissionais, ora por parte das empresas, que querem as coisas muito rapidamente, no estilo, 3 minutos e está pronto
- O planejamento ainda é muito deficiente. E depois vem o retrabalho, mais perda de tempo. Que poderia ter sido evitada em boa parte, por um bom planejamento. Não resolve o contador chegar e começa a falar : preciso de um sistema que controle débito e crédito - e neste mesmo momento um programador já está digitando o código no Eclipse ou na IDE do Delphi, ou em Clipper (via NE, tem gente que ainda usa, não adianta torcer o nariz) ou em .NET, só para exemplificar. Tem que planejar, levantar requisitos, trazer o usuário para participar do projeto, pois quem vai trabalhar com o sistema é ele e quem conhece o seu dia a dia é ele. Caso contrário vamos ter o famoso:
- Independente da empresa dar valor ou não para a tecnologia da informação, os profissionais desta área devem agir com ética, com profissionalismo, fazendo e desempenhando o seu papel no dia a dia, afinal a empresa os paga para isso. Bem ou mal. Se for mal, conversas deverão existir para melhorar os salários e posição da TI junto à empresa. Isso deve partir do gestor. Se não sutir efeito, devem procurar outra organização ou trabalharem por conta própria. Cada um de nós é dono de nossa carreira, não podemos colocá-la na mão de terceiros
- A valorização começa em cada um dos profissionais da área, e isso vale, para os profissionais de outras áreas de conhecimento e atuação
- Fazer um MBA? Uma especialização? Um mestrado ? Ajuda? Não existe recieta para isso, e nem resposta absoluta. O que há é ponderação. Cursos de pós graduação são bem vindos, mas o ideal é que sejam efetuadas após 3 anos de experiência na área de atuação, após a graduação. Isso ajudará o profissional a aproveitar melhor o curso e sair com uma formação sólida. Fazer após terminar a graduação é perda de tempo e dinheiro. Mestrado fica aconselhável para quem deseja investor na pesquisa e docência em nível superior. O mercado brasileiro de empresas, ainda absorve este tipo de profissional de forma mínima
- A área recebe muitos profissionais originados de outras áreas, como engenharia e administração. Uma regulamentação poderia resolver isso, mas tenha em mente que já existem profissionais com esta formação na área e, que são bons profisisonais. E a entrada ou não destes, mesmo com regulamentação, vai depender dos critérios de formação que ela terá. Não vejo grandes mudanças nisso
- Tecnologia da informação, doa a quem doer (e isso é para as empresas) é um mal necessário. Abro um aspas aqui, isso no pensamento deles e não meu. Se uma empresa quer estar sempre à frente no seu mercado, ele precisa da TI, como uma DAS formas de conseguir isso. Precisa enxergar a TI como estratégica, alinhando-a ao seu planejamento estratégico, colocando-a como um departamento importante em suas decisões e ações. Não mero desenvolvedor de soluções. E a TI por seu lado, precisa agarrar isso com mãos de ferro, aproveitando a oportunidade de trabalhar corretamente, apoiando a organização nas suas decisões e objetivos. VEJA BEM, é uma via de mão DUPLA, de trocas, nunca um contrato leonino (somente uma das partes é que manda e desmanda). E, aliado a tudo isso, a inovação, o uso de métodos, a visão sistêmica, o planejamento, uma boa gestão de pessoas enfim, é que vão fazer a sinergia para que a organização chegue ao topo do seu mercado, ou ao menos, dê muito trabalho aos seus concorrentes.

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