domingo, 29 de agosto de 2010

Sobre a área de tecnologia da informação

Não posso dizer que a área de tecnologia da informação é uma área ruim. O que a faz ruim, no meu ponto de vista, são as pessoas, sejam elas os próprios que se dizem profissionais, como também as empresas, que não dão, em sua maioria, a mínima atenção para esta área estratégica, assim como RH, Marketing, Qualidade e Custos. Com relação aos profissionais da área, temos muitos excelentes profissionais, mas ao mesmo tempo, temos um monte que curiosos, políticos, outros vagabundos pendurados no pescoço de alguém com mais "poder" dentro da empresa, verdadeiros seres intocáveis, onde basta alguém criticar, por mais simples que seja, que no dia seguinte é despedido. Foram muito anos de dedicação a esta área, de luta, de aprendizado, de ensino, mas uma hora cansa!
Como está escrito em um livro de uma religião, que não convém citar, mas que mostra que não devemos colocar a culpa nos outros, quando não conseguimos alguma coisa, ou que caímos, por causa de alguém, eu acredito que não resolve colocar a culpa nas pessoas. Os incomodados que se mudam, não é isso que diz um ditado? Não dá para dizer que TI será deletada de uma vida, o trabalho irá continuar, em outras esferas, com gente de vontade, com mais utilidade, com mais objetivo, método, sem esbarrar nas burrocracias, isso mesmo, não é erro de português, sem politicagens que só tomam tempo útil, com mais valor, mais atenção, mais reconhecimento entre outras coisas.
Mas...o trabalho não irá continuar, ao menos para um profissional, dentro das empresas. O descrédito nestas estruturas é imenso!! Não dá para acreditar nas mudanças que pregam, em ações desconectadas de planejamento, sem valor, sem reconhecimento, só vendo visto como um custo e que basta apertar um botão que tudo está pronto.
Hoje, é difícil trabalhar sem planejamento, sem processo e sem projeto. Mas elas ainda insistem no imediatismo, e que o único departamento que importa é o comercial. O resto é custo. Bem, quem sabe, um dia aprendem!

sábado, 14 de agosto de 2010

A eterna briga: administrativo x fábrica

Por muitas empresas em que passei, dois grandes conjuntos das empresas estão em pé de guerra: a área administrativa e a produtiva. E isso ainda persiste ao longo do tempo, nas empresas que produzem alguma coisa. A produção é vista como um bando de peões chucros, isso do ponto de vista do administrativo, e o administrativo é visto pela produção, como um bando de frescos e frescas, que ganham bem, mas quem realmente trabalha no pesado é a área produtiva. Na realidade, tem muita gente que só acredita no trabalho do outro, quando o vê carregando uma lata de concreto nas costas, aquilo que não é visto, é tido como "não faz nada". Se trabalha com computador, trabalha sentado, ganha bem e isso não trabalho, na visão de muita gente. A verdade é uma só: os dois lados estão errados, pois uma empresa é um sistema, que se completa, que interage, são engrenagens de um relógio suiço. Há gente boa e competente nos dois lados, na fábrica e no escritório, como há porcaria em cada um deles. Há gente com visão melhor, na fábrica, que os do escritório, mas muitas vezes não são ouvidos.
Já tive a oportunidade de trabalhar em linha de produção, em uma máquina injetora de plásticos de uma empresa de calçados e produtos para mergulho. Muitas vezes éramos vigiados por uma mulher que diziam ser do departamento pessoal, ficava ali em pé, olhando quem trabalhava e quem não trabalhava. Isso por que a gente tinha os responsáveis da produção. Mas retrabalho é normal em mujita empresa, e tem muita gente que em vez de cuidar do trabalho dele(a), cuida do trabalho do outro e esquece o dele(a).

Tive outra oportunidade de trabalhar em ambiente de produção de uma gráfica, já como analista de sistemas, e mesmo assim era visto como um mero peão, pelo pessoal da administração, principalmente o comercial, que se acha o mais importante. E isso é um mal de boa parte das empresas. Nesta, atuava como analista em uma área de telecomunicações, confeccionando cartões, testando modelos, testando arquivos, tudo isso em produção, atuando com setup de máquina, inclusive operando a máquina. Cheiro de tinta, de produtos químicos, em plena linha de produção correndo a todo vapor. Não tenho saudade da empresa, mas deixei amigos na produção, que foram parceiros! E destes, tenho apreço e sinto falta algumas vezes. Bem, esta empresa continua a mesma, a fábrica é mera executora, na visão do administrativo daquela empresa. E se a fábrica parar, a empresa fatura? Perguntei isso uma vez para o geren- te de sistemas, mas como todo bom idiota, já tratou de responder grosseiramente, alegando que isso não era pensamento de profissional. Muito cômodo resolver as coisas no grito, escondido atrás de um título. Gerente? É um título, onde você ganha mais, tem mais responsabilidades, mas alguém acreditou no seu trabalho (tirando claro, conluios, onde só gente da panela sobe).

O bem da verdade é que a organização é um todo, suas partes se relacionam, tem que trocar informações, hora uma parte é fornecedora, hora esta mesma parte é cliente. E como cliente, quer receber um bom produto e/ou serviço, e como fornecedora, tem que sempre agradar seu cliente.