sexta-feira, 28 de maio de 2010

Aprovação do software de gestão - ERPs - Parte 3.2

Ainda, falando sobre aprovação, há um processo que não pode deixar de ser analisado e exigido, por parte da empresa para com o fornecedor: gestão de projetos e, consequente pra ficar bem claro, uso e acompanhamento de cronograma.

É muito importante para a empresa que o projeto de implantação de um sistema ERP, seja acompanhado por um gestor de projetos, e muitas vezes, dois. Um por parte da empresa contratante e outro por parte do próprio fornecedor. Os dois serão sinérgicos, trabalhando em conjunto rumo ao mesmo objetivo.

Trabalhar com metodologia neste tipo de projeto, é importante, pois assim se sabe cada passo a ser tomado, qual o tempo de alocação dos usuários chaves, o tempo total de implantação e de cada atividade, quais serão as fases, controle de custos etc. Infelizmente muitos implantadores dizem trabalhar com projetos, mas na realidade, o cronograma é fraco, isso quando tem. Diz-se que um cronograma é fraco, com um escopo deficiente e que não reflete o esforço real de trabalho. Um cronograma sem vínculo entre as atividades, atividades com mais de 80 horas de trabalho (o que a torna ingerênciável) etc.

A empresa precisa saber o quanto de dinheiro investido já virou resultado, precisa saber quando o projeto vai acabar ou se vai acontecer algum problema e até mesmo, identificar riscos e mitigá-los. Esta é a função da gestão de projetos. Aliás, uma delas.

E não pense que a empresa está livre deste processo. Ela também deve ter um gestor de projetos, inclusive, a fase de seleção e aprovação, por exemplo, já devem estar presentes em um cronograma.

Sem planejamento e sem projeto, tudo tende a ir por água abaixo.

Infra-estrutura para um sistema de gestão integrada - Parte 3.1

É, pensa que é somente  software de gestão que vai custar caro? A infra-estrutura para ele entrar em produção e ter um tempo de resposta para cada requisição de negócio, aceitável, também tem seu preço. E aqui não vou passar uma cartilha, porque cada caso é um caso a ser analisado. Há empresas que tem uma boa estrutura, e o investimento será menor, há outras que precisam rever tudo.

Quando falamos de infra-estrutura, e dependendo do software a ser implantado, a empresa pode precisar do seguinte:

  1. Servidores para produção, testes, homologação, desenvolvimento, tudo isso para o ERP
  2. Links de comunicação dedicados e contingenciados, ainda mais se ela tiver filiais que utilizam o sistema ou mesmo, estejam usando a partir de um data center. Se a comunicação parar, ninguém acessa o sistema. É simples o resultado
  3. Estrutrura de armazenamento de dados, normalmente storages
  4. Equipamentos e software para suporte a alta disponibilidade, ou seja, a priori o sistema não para nunca, ou sea parar, é por alguns minutos. Mas isso custa muito dinheiro, mas se o negócio é crítico, se paga. Lembre-se que a informação é ativo da empresa, e a sua perda é incalculável
  5. Estrutura física para o desenvolvimento do projeto
Normalmente, por incrível que pareça, alguns fornecedores de software de gestão, não indicam requerimentos de máquinas, uso de links e afins. Tudo fica na mão do cliente, sendo um verdadeiro garimpo, para obter estas informações. Eles implantam sistemas em um monte de lugares, mas não indicam a infra necessária para tudo isso. Fica muito no achismo, e a empresa neste momento se vê em um ponto: se ela tem informação de suas necessidades e o quanto pretende crescer, fica até fácil definir uma infra-estrutura escalonável; se não tiver, aí ela vai sentir o drama, a infra-estrutura fica completamente probabilística e não determinística, em termos de acerto na aquisição.

Por isso, tudo isso precisa ser previsto e todos estarem cientes, para evitar stress desnecessário.

Isso posto aqui, é vivência.

Aprovação do software de gestão - ERPs - Parte 3

Após o processo de seleção apresentado aqui, o grupo formado pelos usuários chaves (key users), gestores, stakeholders e afins, deverá se reunir para definir pela escolha definitiva do software de gestão, após as apresentações das empresas chamadas ao processo seletivo. Enfim, todo aquele pessoal que já citamos, de cada área da organização, deverá dar o seu parecer e assim, sair da reunião com uma definição em mãos. A área de tecnologia deve acompanhar o processo, com o objetivo de dar suporte a termos técnicos, expor sobre a necessidade de infra estrutura (aquisições ou não) e, colocar suas considerações técnicas, buscando sempre a aderência ao negócio, enfim, às estratégias da empresa. Por isso, ele precisa estar alinhada ao negócio da empresa.

Como escolher, após meses de apresentações e detalhes de todos os tipos? Mais uma vez, aquela lista que foi usada para cruzar necessidades de negócio x funcionalidade do software será usada. O ideal é fazer uma impressão dela, em tamanho grande, onde todos possam tirar suas dúvidas, no momento da reunião, mas antes enviá-la a cada participante, para que assim venha preparado para a reunião de decisão. Pode-se ainda, pontuar cada item de funcionalidade, dando pesos aos mesmos.

A escolha deve ocorrer pela empresa que mais atende ao negócio, naquele momento, mas que ao mesmo tempo, possa dar suporte ao negócio daqui 5 ou 10 anos, permita mudar configurações, ou seja, parametrizar, como se fosse o painel de controle do windows, com ajustes de cores etc. Claro, que para um ERP a coisa é mais complexa, mas isso é uma analogia, pois mudanças de parâmetros podem comprometer o negócio. Tomar cuidado com as customizações, já que estas indicam alteração física nos módulos do ERP ou criação de funcionalidades. Isso custa caro, demanda tempo, e isso precisa ser previsto pela empresa. Nada impede que, de comum acordo, isso esteja em contrato. O que é combinado, não sai caro, ok? Mas fica o aviso para ter atençaõ nestes pontos.

Além das funcionalidades, é bom ter claro, alguns outros aspectos que representam custos, que podem ser inesperados, virando assim, gastos:

  1. Saber se a empresa tem infra-estrutura de servidores, estações de trabalho, links para suporte ao sistema. Normalmente não tem, isso precisa ser definido, e dependendo do caso e necessidade, isso passa da casa dos milhões de reais
  2. Qual a forma de licença
  3. Quanto custa a manutenção anual do software? Ou ela é mensal?
  4. Quanto custa a mão de obra de um consultor, para customizações ou treinamentos avulsos?
  5. A empresa vai precisar contratar mais mão de obra para implantar o sistema ou mesmo, como usuário de apoio ao projeto
Não pensar nisso, pode trazer sérias dores de cabeça para a empresa. Todo o investimento a ser feito, precisa ser previsto, em boa parte. Surpresas vão gerar stress. Lembre-se, um sistema de gestão integrada, é um casamento que a empresa faz. O Divórcio, é bem complexo, mas muito complexo.



O grupo presente, deverá assim, escolher a empresa a qual fará a implantação, bem como o software a ser implantado.

Daqui, o próximo passo é iniciar o processo de implantação, que também tem seus problemas, mas que podem ser minimizados.

Mas antes, vamos falar um pouco da infra-estrutura, em um próximo post.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Seleção de sistemas de gestão integrada - ERP - Parte 2

Continuando o assunto sobre sistemas de gestão integrada, partimos agora para alguns conceitos, técnicas e dicas para uma implantação menos traumática, de um sistema deste porte.

Sistema algum neste mundo faz milagres, e esta é a primeira regra a ser entendida, e bem entendida por TODOS em uma organização. Não tem Oracle, não tem SAP, Microsiga, Datasul, Microsoft ou outros, que façam milagres por sua organização. E antes de prosseguir, leia-se bem, que isto não é uma crítica a nenhum deles, estamos falando de visão, da verdade, evitando que o software no futuro vire muleta, para quem não quer trabalhar ou assumir responsabilidades.

Se a sua empresa vai mal financeiramente, o software poderá te ajudar no sentido de ter as informações em um dado local, de forma rápida, estruturada. Mas isso também depende de sua organização, como por exemplo, estas variáveis:

  1. O software foi instalado e está suportanto processos previamente definidos, e não uma bagunça. Os softwares melhoram, por que os processos das empresas, melhoram ou exigem mais, por que o seu mercado exige mais delas. Software não define processo
  2. Falta de plano de negócios, ou ao menos, a empresa saber para onde vai, ou seja, o que ela quer em seu mercado, como vai reter seus talentos, como vai agir com questões de meio-ambiente etc. E isso precisa estar claro para a organização
  3. Real necessidade de mudar, e não ficar fazendo reuniões improdutivas. E melhor que isso, real vontade de mudar. E a necessidade e vontade aqui colocada, difere dos conceitos apresentados no livro, o monge e o executivo. Os apresentados nele, são excelentes para liderança
  4. Se houve uso de projetos, em termos de gestão e de planejamento prévio
Vemos, no dia a dia, muitas organizações não fazerem nada do que foi posto acima, mas sim implantar de forma rápida para terem resultados rápidos e, o resultado mais rápido que conseguem, é problemas por falta de funcionalidades, aderência ao negócio, usuários insatisfeitos e assim por diante. O investimento neste tipo de tecnologia, normalmente é alto, pois não envolve somente o software, mas sim toda uma infra estrutura de servidores, melhora nas estações de trabalho etc. Claro, cada caso é um, mas este tipo de projeto tende a iniciar, dependendo do tamanho da empresa, na casa do milhões de reais.

Um software ou qualquer outra iniciativa de porte, não custa para a empresa o que está somente na proposta da empresa que vai implantar, mas há outros custos tangíveis ou não, outros não mensuraos, envolvidos. Vamos exemplificar alguns intangíveis:

  1. Motivação da equipe, pois muitas vezes um software deste tipo, vem agregar profissionalmente para TODOS eles. Se não der certo, o custo disso, é a desmotivação e consequentemente, queda da produtividade. E isso é um custo
  2. O custo do atraso da emissão de uma nota fiscal para um cliente, com prazo de entrega acordado em momento de colocação do pedido. Custo em R$ e o custo que, possivelmente, o cliente irá comprar em outra empresa
  3. Custos das horas extras
  4. Custa a saúde de seus colaboradores, caso o projeto começe a dar problemas. Isso custa fisicamente, mentalmente e financeiramente, para a empresa, com afastamentos ou mesmo para o país, com pedidos de afastamento ao INSS
  5. Custo em R$, e de produtividade, das horas, dias em reuniões para resolver problemas que poderiam ter sido resolvidos, com uma seleção mais metódica. Mal uso do recurso humano, seja de gestores ou de colaboradores chaves
 Muitas vezes, o custo não pode ser visto como custo, mas sim gasto, porque é aquele capital que não se espera consumir. E para os céticos, o intangível, é alvo de estudos, publicações e maiores atenções, pois ele tem influenciado os negócios mundo afora.

Para selecionar um sistema deste porte, existem várias metodologias, aqui não vamos mostrar a melhor e nem a mais correta, mas um caminho a ser seguido, melhorado, ou mesmo, que se use outra, mas USE!

Basicamente:

  1. A empresa precisa saber, conhecer seus processos atuais, e saber para onde ela quer ir, daqui 5 ou 10 anos. Isso será importante para o momento da implantação, customização e afins
  2. Ter um plano de negócios
  3. Ter a estrutura societária defina. Implantar uma holding após o inicio do projeto, que não estava prevista, vai doer, nos bolsos, no tempo, e vai atrasar em muito o projeto. Até porque, ela precisa de investimento por sí só
  4. Ter usuários chaves, aquele que conhecem bem a sua área, e que estarão junto com os consultores, no momento da implantação. Cada área, tem que ter ao menos um usuário chave
  5. Quem conhece a sua empresa, seu negócio é você e seus colaboradores, e não a consultoria. Ela pode auxiliar e muito com o conhecimento de mercado, mas detalhes de uma organização, só o santo de casa. E santo de casa faz milagre sim, é só deixarem e desejarem
  6. Ter a participação e comprometimento de todas as pessoas convocadas para atuar no projeto, isso já no momento da seleção
  7. Entrar em contato com os fornecedores de software ERP existentes no mercado, e agendar reuniões e demostrações para os participantes
  8. Nestas reuniões, o processo de análise é semelhante para todos
  9. Fazer atas das reuniões, com o que foi apresentado, pontos fortes e fracos, promessas de boca que costumam ocorrer. Depois enviar estas atas aos participantes. Em época de seleção, até o contrato ser assinado, tudo pode, depois, começam as frases alegando que não é bem assim. Isso demostra ainda mais a necessidade da empresa saber o que tem e o que quer e
  10. Participação do RH, como agende de mudanças e apoiador
Algumas destas regras, servem até para o desenvolvimento de um sistema integrado pela equipe da empresa.

Tendo isso em mãos, a empresa pode montar um documento, para cada fornecedor, com algumas questões básicas sobre seu negócio, por área da empresa, como segue:

  1. Como o sistema trabalha a função de importação em uma organização?
  2. Como é a forma de consulta ao estoque (por filial, pode ver o que está reservado e afins)? Para empresas com mais de uma filial e que tem estoque centralizado
  3. Gestão de entregas parciais para o cliente, como funciona?
  4. Rentabilidade do produto é tratada no sistema?
  5. Possui Tabela de preços, e como ela funciona?
  6. Cadastro de clientes é completo ? Isso vai da necessidade de cada empresa. Aqui está subjetivo, mas pode ser melhorada com base nas necessidades do grupo empresarial
  7. Suporta notsa fiscal eletrônica e Sped fiscal e contábil? Parece óbvio, mas o óbvio as vezes trás surpresas
  8. Questão tributária de outros estados e países, como o sistema trabalha? Muita atenção para fornecedores estrangeiros, pois estes trabalham com parceiros nacionais. Nossa estrutura tributária é complexa
  9. Controle efetivo para tratamento de transferência de material entre as empresas do grupo, como funciona? E claro, com nota ou com base em uma holding
  10. Flexibilidade na estruturação de código de produto produtivo, como funciona? Besteira, não? Isso dá discussão que você nem imagina, caso não esteja definido
  11. Geração de etiquetas com código de barras no recebimento do material, seja ele produtivo ou não? Isso já permite a idéia do quanto o sistema pode se integrar a uma estrutura RFID, de coletores ou mesmo leitores de código de barras
  12. Como são tratadas as devoluções de material produtivo?
  13. Aplicativo é multiempresa? Como isso funciona? Como o sistema trabalha isso em termos contábeis e financeiros? Atenção aos dados gerenciais, por exemplo. Isso define ainda, ou faz parte, do seu plano de contas. Muita atenção
  14. Empresas centralizadas, mas visualização por empresa e consolidada? Contábil, financeira e afins? Tudo isso é mais fácil com a presença de uma holding
  15. Tempo de mercado desta empresa/prestador? Isso define o quanto este fornecedor pode te atender em termos de mão de obra disponível no mercado. Isso pesa para o tempo do seu projeto e da equipe estar disponível
  16. Trabalha com cronograma de projeto, segundo PMI/Prince/Scrum? Todo mundo diz que sim, mas na realidade, cobre bem isso. Porque depois de assinado o contrato a coisa complica. Tenha um gerente de projetos interno e que possa exigir isso do fornecedor. Isso preserva investimento e tempo dos participantes
  17. Como é a arquitetura do sistema? Uma questão para a TI
  18. Como o sistema adere às mudanças da empresa, que precisa se adaptar ao mercado? Isso é importante, pois evita customizações que são caras, o que é o menor dos problemas. O pior e descobrir que não atende
  19. Empresa faz instalação e otimização do banco de dados? Isso mostra que a empresa/projeto pode ser um custo a mais
  20. Facilidade de integração com outros sistemas de mercado (como SAP, Datasul, Oracle e afins. Todo mundo diz que integra, mas nem sempre é tão fácil. Detalhe este ponto, se isso for importante para o seu negócio
  21. Interface do sistema. É amigável? Algo subjetivo, mas pesa na operação pelos usuários
  22. Como é o tipo de licença do software? Verificar as manutenções anuais, mensais e afins. Pois o custo não pára na proposta, ou seja, o valor do software, mas há outros custos envolvidos
Estas são algumas das questões que precisam ser respondidas, por cada um dos fornecedores.

Já tive a oportunidade de conduzir um processo deste, com esta metodologia, e ele levou 6 meses. Ao menos a escolha foi democrática e houve participação de muita gente.

Sua empresa tem pressa? Bom, seu projeto pode ter problemas no futuro:



Que fique claro, que isso posto aqui, funciona. Não digo que é 100%, mas é melhor que 0%.

domingo, 23 de maio de 2010

Onde estão os profissionais?

Um telefone celular cai no chão, pela enésima vez. Mas esta foi derradeira, algo deixou de funcionar: o display do telefone. Fazia ligações, claro no estilo voo cego, sem ver nada no display.

Bom, ele foi um presente e desta forma precisava ser consertado, e o aparelho não é dos ruins, já tem mp3, câmera, filma, tem rádio, joguinhos, acessa a internet, bluetooth e ainda é telefone.

Sendo lá foi o aparelho para conserto, e a assistência técnica eleita foi uma em um shopping. Apesar de estar em uum shopping, o atendimento da assistência é uma porcaria, mas por estar mais próxima, foi a escolhida. O aparelho foi deixado para conserto, com a ordem de serviço em mãos, a atendente avisou que ligariam para passar o orçamento. A história começa aqui, e o cliente esperasse, ele iria ficar como na imagem abaixo:



Já começaram os problemas por aí, não ligaram de forma alguma, e o cliente foi quem teve que tomar a iniciativa. Ligou, e lá estava o orçamento pronto. Orçamento aprovado, houve necessidade de ir á loja para deixar 30% de sinal. Aqui já se percebeu o profissionalismo das atendentes, uma pintando as unhas em pleno balcão, e outras duas vendo fotos e o cliente plantado esperando, mais uma vez, a boa vontade daquelas criaturas.

 Finalmente, conseguindo deixar o sinal (e veja que isso é dinheiro entrandna empresa), mais uma vez a atendende disse que ligariam para avisar que o aparelho estaria disponível para ser retirado.

Mas como mostra a imagem acima, o cliente mais uma vez resolveu ligar, e lá estava o aparelho pronto para ser retirado. Mas, não ligaram mais uma vez.

Lá foi nosso amigo, retirar seu aparelho que, por sorte tinha uma mais antigo que estava funcionando, onde pôde passar os dias sem o seu, sem perder ligações importantes.

Chegou na loja, ficou mais uma vez plantado esperando atendimento. E veja que a empresa não é grande, e não tem um volume enorme de pessoas para serem atendidas. Aliás, eles têm mais funcionárias, do que clientes. Entregue o aparelho, lá foi o nosso desbravador feliz para casa, mas ele cometeu um erro. Bom, será que foi um erro ou confiou no profissionalismo de quem consertou o aparelho. A última é a mais certa.

Chegando em casa, foi ligar para um de seus contatos, nada de ouvir o tom de chamada. Tentou de novo, poderia ser algo temporário, já que isso ocorre, mas não ouvia o tom de chamada. Resolveu olhar as configurações do seu aparelho, e nada. Foi tentar tirar uma foto com o aparelho, e o mesmo travou de forma a ter que ser desligado!



 Neste estado posto acima, lá foi nosso amigo a maravilhosa empresa. Mas isso também demonstra o profissionalismo, no seguinte:

  1.  Percebe-se claramente que a empresa não tem processo e contrata pessoas sem a menor noção de atendimento
  2. O técnico que fez o conserto, nem ao menos, testou as funcionalidades do aparelho. Viu o display funcionando e pronto
  3. Nem ao menos fez uma limpeza no aparelho, entregou da forma que foi
Voltando à saga, ele deixou o aparelho e ainda perguntou para a atendente se o técnico testa os consertos, mas foi o mesmo que perguntar para uma planta. Desculpe ser repetitivo, mas outra vez, ela disse que quando o reparo estivesse pronto, eles ligariam avisando que o aparelho estaria liberado para retirada. 

Mas o nosso amigo, já PHD em desvios felinos do encontro eminente com a mais conhecida junção de átomos de hidrogênio e um de oxigênio, resolveu nem ligar, esperou uns dias e já foi retirar o aparelho, que lá estava pronto, mas desta vez, ele testou tudo que pôde na loja.

Só para registro, neste tempo em que o cliente esperou, não ligaram mais uma vez. Portanto, infelizmente o que se percebe neste mercado de trabalho, e até mesmo em muitas empresas (há uma contrapartida), é a falta de profissionalismo, a falta de interesse e o que importa é esperar o dia 20 e o dia 5.

Pior do que isso, é a falta de se interessar e aprender mais, buscar conhecimento e ver onde pode melhorar. Isso está presente em todas as esferas de formação do fundamental até a mais alta graduação.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Sobre ERP - o exemplo - Parte 1.1

Uma empresa que produz produtos para automóveis, tinha como aplicações, programas desenvolvidos internamente. Bela dia, um dos donos em conversa com seu amigo professor, relatou a estrutura da empresa, as dificuldades apresentadas pelo seu sistema desenvolvido internamente, a dificuldade em fazer manutenções (isso é discutível e um dos problemas mais comuns nas empresas), a falta de aderência ao negócio, etc, etc, etc. Bem, seu amigo indicou um sistema de porte, que está instalado em muitas empresas neste nosso mundo, e se eles pudessem, em outros planetas também, tendo em vista alguns consultores-vendedores que eles tem, como representantes.

Bem, o sistema é um dos maiores e mais cotados do mercado, mas ao mesmo tempo um dos mais caros. E a infra-estrutura de tecnologia para manter e ao menos, implantá-lo, é cara. Bom, aqui não se discute isso mas sim a forma como a seleção foi feita. Indicação de um amigo, sem levar em consideração o negócio, os processos, as estratégias da empresa, visão, quem seriam os usuários chaves entre outras coisas. Além disso, com a total falta de planejamento e de projetos. O dono de uma empresa pode tudo, ele é o dono, mas precisa ter os pés no chão, porque muitos deles não conhecem o seu negócio. O operacional ainda é onde tudo acontece em uma empresa, mas é influenciado pelos mandos e desmandos do pessoal estratégico.

Bem o resultado é que o sistema foi adquirido por alguns milhões, o projeto iniciou, mas está parado. A desculpa foi a crise financeira que se propagou pelo mundo. Os usuários chaves que foram elencados para o projeto, alguns não estão mais na empresa. O retorno, vai ser bem complicado, até mesmo porque a equipe de consultores que tinha efetuado o mapeamento do negócio, estão alocados em outros projetos.

Por isso, tudo começa com um bom planejamento, alinhamento estratégico da empresa e método para seleção.

Sistemas de gestão empresarial : puramente tecnologia da informação? - Parte 1

 Há muitos anos, no mercado mundial temos os chamados ERPs (Enterprise Resource Planning), enfim, os conhecidos sistemas de gestão empresarial ou puramente sistema, como são vistos pelos usuários. Particularmente não gosto do termo sistema isolado, pois em minha vivência acadêmica e profissional, sistema é algo que transcende a área de tecnologia, não sendo um termo original dela.  Mas isso é outro assunto. Prefiro aplicativo, programas ou afins.

Mas o que fazem os sistemas de gestão integrada? Outro nome para o ERP. Percebam que há algumas nomenclaturas formais para se referir a este tipo de aplicativo, e outras informais, como sistema de merda, este, citado pelos usuários quando a coisa não caminha dentro do esperado. Este caminhar dentro do esperado cai em um termo subjetivo, que pode ser positivo ou negativo. Positivo, por que os usuários realmente desejam trabalhar, ser profissionais; negativo, porque os usuários querem voar (enrolar) o tempo inteiro e o aplicativo não dá esta margem. Nas organizações existem, os dois tipos. Melhor, que existam os primeiros!

Voltando ao nosso foco, estes aplicativos cobrem praticamente todo o negócio de uma organização empresarial, e atualmente estão presentes em diversos setores, como hospitais, escolas, universidades, industrias, bancos e afins. Quando começaram, em meados de 90, estes sistemas tinham aplicação em poucos setores. Suas funcionalidades, ou para ser mais macro, seus módulos são os seguintes:

  • Gestão de pessoas - folha de pagamento, recrutamento e seleção, avaliação de desempenho, cargos e salários, medicina do trabalho e afins. É isso mesmo, RH, não se limita a gerar e administrar a folha, mas tem inúmeras outras atividades e funções. E além de tudo isso, precisa ser visto como estratégico, defesa esta, que já foi alvo de outros posts neste blog
  • Financeiro - Contas a pagar e a receber, fluxo de caixa, relatórios financeiros e gerenciais, crédito (análise de clientes), faturamento, cadastro de clientes e afins. Alguns podem conter módulos separados para criação de cenários, análise de indices financeiros para gestão do negócio e afins
  • Contabilidade - Lançamento do fatos contábeis, históricos e afins. Geração de balanço e razão, o que deve ser consequencia. Ao menos se espera. Suporte ao SPED contábil e fiscal. Normalmente o sistema é integrado e gera muitos lançamentos automaticamente, bastando a contabilidade verificar os lotes e liberá-los, se for o caso e fizer parte do processo
  • Fiscal - gestão de impostos, geração e guias (Darfs e afins). É um módulo complexo, devido a complexidade de nossas leis tributárias. Muitas empresas que comercializam ERP, tem este módulo com parceiros, já que estas são empresas mundiais e seu módulo original não contempla todas estas especificidades de nossa legislação tributária. Deve dar suporte a nota fiscal eletrônica
  • Ativo fixo - módulo que permite o cadastro de bens da empresa, como máquinas, equipamentos, veículos etc. Está integrado com a contabilidade
  • Administração da produção - Permitir a gestão de um PCP, estoques, matérias primas, produtos em fase de produção, acabados, máquinas, planos de produção, MRPII, qualidade (alguns são separados) entre outras funcionalidades de negócio
  • Comercial - Apoio ao dia a dia do departamento de vendas, como emissão de tabelas de preços, plano de vendas, relatórios gerenciais, orçamentos e afins. Alguns tem funcionalidades básicas de um CRM, mas o módulo ou mesmo um sistema inteiro é vendido a parte, pois o CRM é extenso
  • Logística - Pode estar, em algumas funcionalidade/regras de begócio, presente no módulo de administração da produção, mas pode ser separado. Há a possibilidade de ser um sistema a parte, como os chamados WMS (Warehouse Management System) ou sistema de gestão de armazéns. Neste caso, por sí só é um conjunto de aplicativos com foco para a área de logística, trabalhando com estoque, docas, endereços de ruas, gavetas, kits, área de separação, etiquetas RFID, rastreamento, veículos, roteirização etc 
 Mas o objetivo de tudo isso posto aqui, não é falar somente sobre ERPs, mas sim mostrar que este tipo de conjunto de aplicativos, não pertence à área de tecnologia da informação, mas sim a toda a organização. TI deve estar presente para definir e apontar questões técnicas, e se ela estiver alinhada com a empresa, saber se realmente o que esta sendo escolhido, vai atender suas necessidades de negócio.
A escolha de um sistema ERP é algo complexo, que precisa ser efetuado com técnicas, com participação de usuários chaves e gestores de cada área da empresa, para que cada um deles veja os módulos do sistema de um dado fornecedor e, assim possa verificar se ele atende suas necessidades de negócio ou não.

Mas antes de chegar neste ponto, a empresa precisa ter em mãos um plano de negócio, uma estratégica bem definida e delineada para escolher bem o sistema. Cada contrário, ela irá sofrer no momento da  escolha, no momento da implantação e se esta for para frente, no momento em que o sistema entrar em operação. Isso vale para sistemas adquiridos de terceiros ou mesmo desenvolvidos internamente.
Adquirir de terceiros é pior ainda, pois nenhuma empresa entende do seu negócio, e eles não estão alinhados com o mesmo. Infelizmente, para alguns, que faz milagre ainda é o santo de casa, se bem motivado.

Compras por indicações políticas, por que o dono quer, porque um gestor com poder viu e gostou, por amizades, só vão resultar em processos de implantação dolorosos, e se for para frente, um sistema sem aderência alguma ao dia a dia da empresa. Uma vez implantado, torna-se complexa a sua retirada, pois o dia a dia da organização esta dependente dele.

Por isso cabem as técnicas e métodos de seleção de sistemas, alvo de um outro post.

    quarta-feira, 19 de maio de 2010

    Olhem o anúncio! Obra prima...

    "Vaga p trabalhar vis nternet que seria um analista de sistrema, pessoa a qual tem por responsavel a criação de sites e divulgação via internet."

    Nem vô cumenta isso...Mas não resisto! Olha quem está contratatando? E este em um site de certo, respeito, por assim dizer.

    domingo, 16 de maio de 2010

    Pensamentos e frases

    Partindo do livro "Reengenharia"escrito por Hammer, isso na década de 90, as empresas já tinham problemas, dúvidas, problemas gerenciais e afins. Já se falava em 200 anos de administração. Temos um pouco mais que isso, e muito tempo passou, muito foi ensinado e muito foi escrito, mas ainda não se aprendeu nada. As empresas, muitas ainda, se encontram desorientadas em suas ações, mas uma orientação impera: a do lucro, sempre o lucro, de forma fácil, com menos custo. Natural claro, uma instituição ser criada para gerar lucro, mas ambicioso, é a geração a qualquer custo (não o custo em dinheiro, mas de esforços, esmagando as pessoas e etc). Estas empresas ainda estão sem saber como contratar uma pessoa, mas muito antes disto, não sabem nem ao menos o que esperam dela. Como esperar, se não sabem seus objetivos empresariais, não tem visão, missão, não planejam? A empresa é um sistema, baseado na teoria de sistemas de Bertalanffy e, que não é recente, TUDO nela está interligado, não adianta torcer a cara e dizer que tudo isso é teoria!

    Se nada está interligado, então porque quando a economia vai mal, as empresas são afetadas? Por que um simples boato, derruba bolsas, um mercado inteiro, isso quando não mundial? Por que quando uma empresa deixa de faturar, sua produção caí ou mesmo estoques ficam sobrando e com capital investido sem giro? O sistema é isso, a relação do todo, basta escolher o referencial.

    Portanto, mesmo para contratar uma pessoa, a empresa precisa ter claro, os seus objetivos e o papel que esta desempenhará em sua estrutura. Caso contrário, ela será demitida em breve ou, ficará desmotivada por esatr sendo sub-utilizada.

    O que se vê são formas e mais formas, proibições ou não, do que colocar em um currículo, como se portar em uma entrevista, o que dizer, o que não dizer, não mentir entre outras coisas. Não mentir é algo que chega próximo a hipocrisia. Você não pode falar mal das empresas por onde passou? Mas e se ela foi uma empresa ruim, ou você teve um gestor ruim, sendo esta pessoa especialista em aplicar todas as regras que levam ao assédio moral? Você tem que dizer que saiu por problemas de custos, extinção da área ou qualquer outra coisa, que não é verdade, só para deixar feliz o seu interlocutor. Pregam para você não mentir, mas você não pode falar a verdade. Confuso, não?

    Mas tudo isso tem, basicamente duas variáveis: a primeira, a própria falta de conhecimento sobre a organização; e a segunda, apoiada do contingente de pessoas sem trabalho, sejam elas em que nível for. É a massa de manobra (Marx). Para tanto eles criam filtros, pois recebem  muita gente se candidatando as poucas oportunidades de trabalho. Mas ao mesmo tempo, se perdem nos filtros que eles mesmo criam.

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    Se você estuda muito, seja em nível técnico ou superior, não serás contratado porque sabe muito e, seu gestor terá medo de você tomar o lugar dele.

    Se não estudar, a desculpa será que você não tem capacitação, por isso não será
    contratado.

    Se tiver idade acima dos 40 anos, não será contratado, por que está velho (isso na cabeça medíocre do mercado ou porque você quer ganhar mais).

    Se você escapar destes filtros, o selecionador te desconsidera, porque não foi com a sua cara.

    Claro, há pessoas trabalhando. Mas cada um destes eventos acontece na realidade.

    sábado, 8 de maio de 2010

    Dia das mães

    Aqui também cabe uma homenagem à elas. É, isso mesmo no mundo corporativo! Seja em que função for, desde aquelas que servem os chamados cafézinhos, onde muita gente sente a falta, mas do gerente não,  até as que assumem cargos executivos. Enfim, o trabalho dignifica o homem e a mulher também, para que não fiquem dúvidas.

    Elas tem muitas vezes, duplas, triplas, "n" jornadas, seja iniciando na empresa, até o final da noite, quando colocam os filhos para dormir. E antes disso, muitas vezes ainda fazem a lição de casa com eles(as), cuidam do marido (caso ele mereça isso), e da casa. Passam 9 meses de gestação, onde já neste período desenvolvem o amor pela criatura que vai nascer. Depois passam uma boa parte da vida, acompanhando, incentivando (dentro de limites) os passos dos filhos. Para elas, o filho é sempre o "filhinho da mamãe", mesmo que ele seja um troglodita pela vida afora. Mesmo para isso, há limites.

    Muitas que trabalham fora de casa, durante o dia, ligam para seus filhos para saber como estão, como está o dia deles. As que não fazem isso, ainda há tempo para fazer. E as que ficam em casa? São menosprezadas? Claro que não, pois o trabalho de casa é duro, e parece não acabar nunca!

    Ela abre ou abriu mão de muitas coisas para ela, um passeio, um relógio, uma roupa, e outras coisas, para te dar o melhor, sempre.

    A todas as mães, avós, e futuras mamães, um excelente dia, felicidades, paz, amor, saúde e luz!

    quinta-feira, 6 de maio de 2010

    Referência

    Estuda menina, diz um líder de produção à sua colaboradora. Ela responde: meu irmão tem 4 faculdades, experiência e está desempregado.

    O que dizer?

    Cheiro, técnica antiga de administrar

    Cheiro, segundo um dicionário, é a sensação produzida no olfato pelos corpos aromáticos; perfume.

    Aproveitando que já estamos aqui mesmo, vamor ver o verbo, na ação, ou seja, cheirar. Segundo o dicionário: 1 Sentir o cheiro. 2 Exalar cheiro. 3 Dar cheiro. 4 Bisbilhotar. 5 Suspeitar.

    A quinta definição, posta acima, tem relação com este post, mas ainda não define completamente.

    Infelizmente ainda existe pessoas que administram empresas pelo cheiro, pelo dito feeling, colocando o dedo para cima para sentir a direção dos ventos. Confiam em todos, não procuram ver de perto o seu negócio, caminhando por seus departamentos, por sua produção. Chegando de supetão, afinal a empresa é dele ou mesmo ele é o responsável por manter o negócio nos trilhos.

    Deixam métodos de lado, deixam técnicas, alguns nem procuram estudar e o que acredito ser pior que tudo isso: a falta de interesse em ao menso pesquisar alguma coisa sobre no assunto, em ver como o mercado anda. é uma inércia que só não se completa, porque ele ainda usa o cheiro para administrar. Sem dúvidas, o olho do dono é que engorda o boi, mas isso precisa ser acompanhado por outras iniciativas.

    O feeling é algo que muita gente tem, a intuição, o desconfiar de algo, ou saber de algo de forma inexplicável. É natural e devemos usar sim. Ué, caí em contradição? Xii!!

    Claro que não caí. O feeling é necessário MAS, veja bem MAS, acompanhado por técnicas de administração, por métodos, por relatórios, por informação, com planejamento, com projetos. Ter base. Mais uma vez temos o conjunto, formando assim uma sinergia, um todo. Se não for o feeling sozinho, também não pode ser somente de forma contábil, e nem somente de forma financeira, mas de forma sinérgica.

    Administrar uma empresa é uma tarefa complexa e, nos dias de hoje, há um ativo complexo, que pode ajudar e pode derrubar uma organização, mas que deve ser cuidado com a devida atenção: as pessoas.

    Portanto, chute, só no final de semana no jogo de várzea e mesmo assim, não abuse, pois atletas de final de semana podem ter problemas de saúde.

    Aos colegas da área de tecnologia da informação : não façam isso!!

    Trabalhar é algo necessário para todos nós, por diversos motivos que muitas vezes são óbvios, mas por serem desta forma, automáticos, diários, deixamos de prestar mais atenção. Só vemos a sua complexidade quando temos que descrevê-lo, colocar no papel com detalhes ou falar dele para outras pessoas. Um exmeplo simples: coloque com detalhes como você escova os dentes. Começa por onde, em cima, embaixo?

    Voltando ao ponto do post, a necessidade do trabalho tem algumas variáveis importantes:

    1. Para suprir necessidades pessoais e da família, incluímos alimentação, lazer entre outras coisas
    2. O trabalho enobrece o homem, o faz evoluir, tanto espiritualmente e como indivíduo. Financeiramente, em alguns casos. Não é o seu, procure outro emprego ou seja dono do seu negócio. Mude de área
    3. Temos que trabalhar. O sistema exige isso, trocamos nossa força física e/ou mental por um salário, variável, conforme o cargo, habilidades, experiências etc
    4. Nosso trabalho, de cada um de nós, além de fazer o país crescer em termos de produção, o faz em termos financeiros. Pois com nosso salário, fazemos girar a economia do país. O capitalismo é um troglodita, ignorante, se mostra bruto, mas é uma coisa frágil. ele vive da produção e do consumo. Estes dois formam um ciclo. Não consome, não produz. Exemplos? Temos tantos e recentes, vide a crise financeira mundial entre outras
    5. Se você refletir, boa parte das pessoas, passa a vida investindo no trabalho, seja trabalhando efetivamente, estudando, para trabalhar melhor e ganhar mais. Claro, há os que querem viver de brisa, mas isso é outro caso
    6. Seja de gari ou presidente de empresa, o trabalho enobrece, e nenhum deles desqualifica ninguém. O que desqualifica é a falta de competência, por preguiça, por querer levar as coisas na boa e jogar o trabalho pesado nas costas dos outros
    Onde será que eu quero chegar? Até o momento, o que foi posto, vale para qualquer área, qualquer pessoa, qualquer profissão. Enfim, é de todos nós.

    Mas agora falando mais especificamente ao pessoal de tecnologia da informação, a área que é muito técnica, para se manter nela, o que não é regra, precisa-se:

    1. Formação técnica e/ou superior sólida
    2. Experiência profissional sólida
    3. Conhecimento de inúmeras linguagens, bancos de dados, redes, técnicas, métodos diversos
    4. Conhecimento básico de negócio (gestão de empresas)
    5. E agora, a moda das certificações mil
    Tudo isso acima é de graça? Cai do céu? Deus manda? Tudo isso exige tempo, deslocamento, custa e muitas vezes, não é só financeiro, mas custa o tempo que você fica longe da família, do seu lazer, da sua saúde, dos amigos, enfim de outras coisas que muitas gente não conta, por ser intangível.

    Onde quero chegar?

    Quero chegar no seguinte:

    • Vi absurdos em oportunidades de trabalho estes dias
    • Em um dos assassinatos ao profissional, a menosprezar, pediam um analista de sistemas sênior, com inúmeros conhecimento, formação superior etc. Salário 2500,00 como PJ, ou seja, contrato por empresa, com o profissional pagando impostos, se deslocando por conta própria etc
    • Em outro, pediam conhecimento de VMWARE, conhecimento em Linux, Windows, storage (A B S U R D O!!!!!!!), servidores (Blade etc) entre outras coisas - parei, pois veio uma equipe do SAMU, unidade avançada, com desfibrilador, pois quase fui ver o outro lado da vida - Salário: 1.400,00, como consultor técnico!
    Sei que quem tem família é algo complicado, é muito complicado. Mas 1400,00 reais não pagam uma certificação, por menor que seja, por exemplo. Dêem valor ao que estudaram, ao que passaram, aos custos intangìveis em suas vidas. Não se vendam por qualquer coisa, pois se este tipo de anúncio existe é porque tem gente que aceita.